Além das regras, insegurança e barulho barram ‘home office’ nos condomínios
Trabalhar em casa é realidade para quase 4% dos trabalhadores da Grande São Paulo, segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, realizada em 2012. Esse é um contingente de 383 mil pessoas, sendo que um número não calculado vive em apartamentos e pode, eventualmente, causar conflitos com os condomínios em questões que envolvem os limites da privacidade e da segurança. De 2005 a 2012, o casal Ricardo Toscane e Lúcia de Meneses alugava um apartamento em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, que também era usado como escritório de trabalho. Toscane atua como fotógrafo em casa desde 2005 e recebe, em média, três profissionais por semana – modelos e produtores –, além de roupas e acessórios. Lúcia deixou, em 2007, o emprego de ilustradora e passou a usar o apartamento para receber encomendas relacionadas a design gráfico. “Sabíamos que estávamos praticando uma atividade não permitida”, admite Lúcia. As convenções de quase todos os empreendimentos residenciais de São Paulo determinam que os apartamentos devem ser utilizados apenas como moradia. “Em todos os condomínios residenciais que administrei, a convenção condominial determina que o imóvel tem como única função a moradia”, diz o 1º vice-presidente da Associação dos Síndicos dos Condomínios Residenciais e Comerciais de São Paulo (Assosíndicos) e síndico profissional, •••